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PF vê Bolsonaro como “principal destinatário” de ação ilegal da Abin

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PF vê Bolsonaro como "principal destinatário" de ação ilegal da Abin
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A Polícia Federal (PF), em relatório remetido ao Supremo Tribunal Federal (STF), concluiu que o então presidente Jair Bolsonaro (PL) seria o “principal destinatário”  de “ações clandestinas” e da “instrumentalização” da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), no caso que ficou conhecido como Abin Paralela.

“Os eventos destacados ao longo da investigação ainda  demonstram que as ações eram realizadas para obtenção de vantagens precipuamente do NÚCLEO POLÍTICO. As ações clandestinas, portanto, tinham seus produtos delituosos destinados ao interesse deste núcleo com ataques direcionados a adversários e ao sistema eleitoral, dentre outros”, destaca a corporação, em documento tornado público na tarde desta quarta-feira (18/6) pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro, investigado pela PF no caso da Abin Paralela

VINÍCIUS SCHMIDT/EUCLIDES DIÁRIO @vinicius.foto
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Alexandre Ramagem (PL) concorreu a prefeito do Rio com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro

Reprodução
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Homem de confiança de Bolsonaro, Alexandre Ramagem foi alvo da PF em operação sobre suposta espionagem na Abin

Valter Campanato/Agência Brasil
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Carlos Bolsonaro posta foto de Ramagem tomando café com Bolsonaro

Reproduçaõ / Instagram
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Deputado Alexandre Ramagem e Eduardo Bolsonaro

Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Carlos Bolsonaro e Ramagem com Jair Bolsonaro; vereador e deputado são investigados por “Abin Paralela”

Reprodução
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Atualmente, Ramagem é deputado federal

Igo Estrela/Metrópoles
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Ramagem ao lado do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro

Reprodução/Redes sociais

Entre os participantes do grupo classificado como núcleo político, a PF destaca o nome do ex-presidente e de um dos filho dele, o vereador pelo Rio Carlos Bolsonaro. Embora a PF veja Bolsonaro como “principal destinatário” das ações clandestinas, ele não foi indiciado no caso, sob a justificativa de que já é investigado no STF pelos fatos.

Nesta quarta-feira (18/6), o ministro Alexandre de Moraes retirou o sigilo dos autos da investigação. Segundo a Corte, a decisão foi tomada após a constatação de vazamentos seletivos de trechos do relatório policial.

A investigação da PF gira em torno da utilização da Abin para o monitoramento de opositores e adversários políticos do ex-presidente entre 2019 e 2021, sob a gestão do então diretor do órgão, Alexandre Ramagem.

Segundo a PF, a espionagem paralela seria feita por meio do software de inteligência israelense First Mile, adquirido durante o governo de Michel Temer (MDB). A ferramenta permite rastrear a localização de pessoas a partir de informações fornecidas por torres de telecomunicações.

Ao detalhar as ações em benefício de Bolsonaro, a PF indica o uso da estrutura paralela para evitar ações estatais que pudessem comprometer o núcleo familiar. O esquema também visava monitorar opositores do então presidente da República.

“A análise dos logs do sistema First Mile revelou a atuação de uma organização criminosa complexa e de alta potencialidade ofensiva infiltrada na Agência Brasileira de Inteligência”, frisou a PF.

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