Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano contra Lula | A TARDE

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano contra Lula | A TARDE


Cid prestou depoimento a Alexandre de Moraes, nesta quinta, 21 –

O advogado Cezar Bittencourt, que faz a defesa do tenente-coronel Mauro Cid, afirmou, nesta sexta-feira, 22, que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) confirmou em depoimento a Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-chefe do Planalto sabia do plano para executar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice Geraldo Alckmin (PSB).

Leia mais

>> Rui defende punição aos indiciados pela tentativa de golpe de Estado
>> PF indicia Bolsonaro, Braga Netto e mais 35 por tentativa de golpe
>> Rui defende punição aos indiciados pela tentativa de golpe de Estado

A declaração ocorreu em entrevista a Andréia Sadi, do canal GloboNews. Questionado, Cezar Bittencourt confirmou a informação, mas voltou atrás minutos depois.

“Confirma que sabia, sim. Na verdade, o presidente de então sabia tudo, comandava essa organização”, disse o advogado inicialmente. Após uma queda de conexão, Bittencourt fez uma ressalva.

“Cid deu alguns detalhes. Agora, uma coisa importante que eu tenho que retificar, que saiu uma coisa errada aí, eu não disse que o Bolsonaro sabia de tudo. Até porque o tudo é muita coisa, né. Alguma coisa evidentemente ele tinha conhecimento, mas o que é o plano? O plano tem um desenvolvimento muito grande”, afirmou o responsável pela defesa de Mauro Cid.

“O presidente, segundo a informação, teria conhecimento dos acontecimentos que estavam se desenvolvendo. Isso ele não pode negar, mas não tem nada além disso. Eu não falei plano de morte, plano de execução, de execução como sendo o plano de morte. Falei da execução do plano pensado, imaginado, desenvolvido, nesse sentido […] Eu não sei que tipo de golpe poderia ser. Agora, tinha interesse no acontecimento que estava acontecendo aqueles dias, o presidente sabia”, disparou.

Mauro Cid prestou novo depoimento, nesta quinta, 21, mesma data em que Bolsonaro e mais 36 pessoas, incluindo seu ex-ajudante de ordens, foram indiciados pelos crimes de golpe de Estado, organização criminosa e abolição do Estado Democrático de Direito.


Pesquisar
Rolar para cima