O movimento Maio Amarelo tem como objetivo principal a conscientização da sociedade para a redução de acidentes de trânsito. Mas não se trata apenas de diminuir colisões e atropelamentos — trata-se também de promover um trânsito mais humano, saudável e acessível para todos, especialmente para grupos vulneráveis como idosos, pessoas com autismo, ciclistas, pedestres e animais.

É comum nos depararmos com veículos com som automotivo em volume extremo, escapamentos adulterados e uso indevido de buzinas. Essa prática configura poluição sonora, uma infração prevista no Art. 228 do Código de Trânsito Brasileiro e punida também pela Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98).

No centro de Euclides da Cunha, na esquina da Rua Teago Ferreira de Carvalho com a Avenida Almerindo Rehem, onde está localizado o conhecido Posto do Dão, moradores e comerciantes relatam uma situação recorrente e preocupante, aparentemente invisível aos órgãos de fiscalização:

➢ Desvios perigosos, onde motoristas e mototaxistas usam o pátio do posto para escapar do semáforo, infringindo regras de trânsito e colocando em risco a vida de pedestres, funcionários e clientes do posto.

A utilização indevida do espaço privado para burlar a sinalização é infração gravíssima, conforme o CTB (Art. 206). 

Cabe ao poder público atuar com fiscalização firme, promover barreiras urbanas para impedir desvios ilegais e ampliar a educação para o trânsito, com foco na empatia e no respeito à vida.

Maio Amarelo é Empatia

Trânsito seguro não é apenas evitar colisões. É respeitar o tempo do outro, o espaço do outro — e o silêncio do outro.

Afinal, o trânsito é um espaço coletivo, e nele, todos têm o direito de circular com segurança e dignidade.

Respeitar pedestres, ciclistas, idosos, autistas e animais é também salvar vidas.

Colunista jurídica: Drª Marlene Reis